que, de tolo, até pensei que fosse minha

segunda-feira, 23 de junho de 2008

give me a push

I took the polaroid down my room
I'm pretty sure you have a new girlfriend
it's not as if I don't like you
it just makes me sad whenever I see it
Cause I like to be gone most of the time
and you like to be home most of the time
If I stay in one place I lose my mind
I'm a pretty impossible lady to be with

Joey never met a bike that he didn't wanna ride
And I never met a Tobey that I didn't like
Scotty liked all of the books that I recommended
Even if he didn't I wouldn't be offended

I had a dream that I had to drive to Madison
to deliver a painting for some silly reason
i took a wrong turn and ended up in Michigan
Paul Baribeau took me to a giant tire swing
gave me a push and he started singing
I sang along while I was swinging
the sound of our voices made us forget everything
that had ever hurt our feelings

Joey never met a bike that he didn't wanna ride
And I never met a Tobey that I didn't like
Scotty liked all of the books that I recommended
Even if he didn't I wouldn't be offended

Now I'm home for 24 hours
that's hardly time to take a shower
hug my family and take your picture off the wall
check my email, write a song and make a few phone calls
before it's time to leave again
I've got one hand on the steering wheel, one waving out the window
If I'm a spinster for the rest of my life
my arms will keep me warm on cold and lonely nights

Joey never met a bike that he didn't wanna ride
And I never met a Tobey that I didn't like
Scotty liked all of the books that I recommended
Even if he didn't I wouldn't be offended

Even if he didn't I

wouldn't be offended


Kimya Dawson- Tire Swing

terça-feira, 17 de junho de 2008

o sistema é maus, mas minha turma é legal

fazia muito tempo que eu não ouvia legião.
e por mais que seja datado, superado, depressivo(haha) , eu já tinha esquecido de como também era bom.
uma música em especial me deixa muito emocionada com a sensibilidade da letra, e acho que se encaixa muito bem no que sinto em relação a meus primos,todos eles, todos os três. e por coincidência ou não, eles também gostam dessa música.
por coincidência também, (ou não, talvez eu me identifique com ela ainda mais por isso), o nome é uma proposta irrecusável pra uma pessoa como eu, uma das coisas que mais gosto de fazer: um filme. ou fazer da vida um filme.

vamos fazer um filme


achei um três por quatro teu e não quis acreditar
que tinha sido há tanto tempo atrás
um exemplo de bondade e respeito
do que o verdadeiro amor é capaz
a minha história não tem personagens
a minha história tem gente de verdade
alguém falou no fim do mundo,o fim do mundo já passou
vamos começar de novo, um por todos e todos por um
o sistema é maus, mas minha turma é legal (!)
viver é foda, morrer é difícil
te ver é uma necessidade
vamos fazer um filme!

(...)

quero um milhão de amigos,
quero irmãos e irmãs
pode ser cisma minha
mas a única maneira ainda
de imaginar a minha vida
é vê-la como um musical
dos anos trinta

(...)

renato russo

quarta-feira, 11 de junho de 2008

estou farta das vontades comedidas, quero feitos manicomiais.

de que vale o conforto de uma vida certa, diante de todas as possibilidades que a incerteza oferece? certeza se faz de consultas no dentista, novela das oito, horário no cabeleireiro.
na inconstância da minha condição humana, me incomoda às vezes a instabilidade da profissão que escolhi, a indefinição da minha vida amorosa, os amigos queridos que encontro uma vez ao ano e que, quando encontro, parece que os vi há apenas alguns dias,e que tive uma semana movimentada, cheia de novidades pra contar. gostaria de vê-los mais,de abraçá-los mais, de mostrar-lhes mais músicas legais.
mas no fundo, no fundo, penso comigo, que graça teria minha vida sem reviravoltas, se eu própria sou feita de um grande redemoinho? seria, mesmo, uma vida sem imprevistos,algo desejável? a certeza tem o dom de ser, em si, uma propaganda enganosa. ela carrega consigo a falsa conotação de boas novas. boas novas? por quê? muitas vezes a incerteza é o melhor que se pode esperar de uma situação. o benefício da dúvida.
é visitar um parente internado com uma doença incurável, e acreditar que não existe nada certo a respeito daquilo. é torcer pelo emprego novo, se iludir deliciosamente depois do mais novo primeiro encontro, é controlar a gripe (!) quando se sabe que tem uma festa importante no outro dia.
é esperar pela chuva de sapos, pelo milagre, pelo roteiro hollywoodiano com final "deus ex machina".
é entender que nem tudo precisa ser explicado para que possa ser entendido. é enxergar com olhos de criança, intuitivos e generosos. um pouco ingênuos, inexperientes, crus.
a visão estritamente objetiva também é uma espécie de cegueira. cegar-se para o que não é palpável, fechar-se para as possibilidades do que não se pode controlar também é estar aleijado. a pior deficiência é a deficiência da alma. a alma que não acredita,que não sente, que não chora, que não tenta, não se decepciona (consequentemente).
às vezes é preciso cegar-se para o óbvio pra poder entender o subjetivo.

e talvez seja com esses olhos que se deva enxergar as coisas,esses olhos cegos. pois não existe nada que importe suficientemente que requeira olhos, que não possa ser sentido.

raquel schaedler.

essa entra pra aquela seleção de "coisas que eu gostaria de ter escrito".

"Dizer que eu não possuía absolutamente nenhum potencial para me tornar escritor não seria verdade,estritamente falando. Eu estava sempre inventando coisas e contando histórias. Nunca cheguei realmente a ESCREVER alguma coisa, mas ainda assim o potencial existia.
Invariavelmente, minhas histórias eram simples versões exageradas da verdade. O mais típico era começar com alguma experiência estranha que valesse a pena contar de novo. Então,devagar,com incrementos, eu acrescentava pedacinhos aqui e ali -- para efeito dramático, entende?
Isso parecia razoável...no início. Até onde eu podia perceber, qualquer experiência VERDADEIRA -- por mais chocante, assustadora, engraçada ou humilhante que fosse -- sempre se perdia no relato. Todos os grandes autores reclamam da falta de adequação da linguagem como meio de relatar uma experiência. Minha solução para esse enigma foi simplesmente tornar os instantes ousados ainda mais radicais, a dor dez vezes mais intensa, a farsa um tantinho mais ridícula.No que me dizia respeito, eu estava simplesmente recriando a EXPERIÊNCIA que vivera em benefício do meu ouvinte. Se os fatos precisavam ser, bem , ligeiramente reajustados, então que assim fosse. Tudo era relativo, afinal.
E eu não fazia só reinventar os acontecimentos. De vez em quando, talvez mais do que de vez em quando, eu tinha tendência a reinventar também a mim mesmo, sabe, em termos do papel que eu poderia representar. Talvez devesse simplesmente confessar: eu tinha um complexo de herói.
Sei que isso soa estúpido, mas eu adorava a idéia de ser um cara legal, alguém que salvava o dia, alguém que era – e não existe jeito melhor de dizer isso – diferente. Não sei por quê. Acho que me sentia apenas... psicologicamente forçado a ser.
O psicanalista de Morag, com quem ela me subornou para eu me consultar nas semanas seguintes à morte de papai, disse-me que eu sofria de baixa auto-estima. Ele disse que era comum para pessoas que se valorizavam pouco ter fantasias, fingir que poderiam ser algo mais do que realmente eram. Pude ver algo de verdade no que ele disse – afinal, era verdade que eu não tinha uma opinião muito boa sobre meu eu da vida real.
Mas acho que o problema era anterior à minha formação psicológica. Acho que era genético, algo que herdei do meu pai. A verdade era que papai e eu éramos muito parecidos sob vários aspectos. Ele queria viver para sempre porque queria que sua vida significasse alguma coisa. Considerava-se diferente,especial. Eu também me considerava assim. Eu não queria viver para sempre ( mesmo que isso se tornasse possível um dia ), mas certamente pensava que minha vida poderia significar mais do que significava, que ela poderia vir a ser algo espetacular.
O fato de durante a vida toda eu só ter tirado notas médias, ter sido mediano (medíocre, na verdade) em esportes, ter sido querido medianamente, ter tido um sucesso mediano com as mulheres – o fato de ser mediano em praticamente qualquer coisa em que me envolvesse não abalava essa convicção dentro de mim. Se isso tinha algum efeito, era apenas torná-la pior.
Eu literalmente me via como o herói de um daqueles filmes frustrantes onde só ele conhece a Verdade e ninguém mais acredita nele. Ainda assim, era apenas uma questão de tempo. Assim como para o herói do filme, o meu dia chegaria. Eu seria vingado. Em breve, todo mundo iria perceber o quanto eu realmente era especial.
Nesse meio-tempo, é claro, isso queria dizer que eu passava boa parte da minha vida me decepcionando.
E isso talvez seja parte do motivo que me fez continuar a criar esse universo paralelo, essa terra de fantasia, esse outro lugar, onde tudo que acontecia era superemocionante e impressionante e trágico e cômico e veloz e fantástico e onde, obviamente, eu era a personagem principal. O único que dava sentido àquele universo, o único que mantinha a ordem, o único que combatia o mal e que reparava os erros -- em outras palavras, o herói. "


Will Rhode- Bestseller

quinta-feira, 5 de junho de 2008

*we all love Gene Hackman!



Primeira música que ouvi hoje. Que sempre (invariavelmente) me deixa feliz.
Just really good to know Paul Simon made that song.


The mama pajama rolled out of bed
And she ran to the police station
When the papa found out he began to shout
And he started the investigation
Its against the law
It was against the law
What the mama saw
It was against the law
The mama looked down and spit on the ground
Everytime my name gets mentioned
The papa said oy if I get that boy
Im gonna stick him in the house of detention
Well Im on my way
I dont know where Im going
Im on my way
Im taking my time
But I dont know where
Goodbye to rosie the queen of corona
See you, me and julio
Down by the schoolyard

In a couple of days they come and take me away
But the press let the story leak
And when the radical priest
Come to get me released
We was all on the cover of newsweek
And Im on my way
I dont know where Im going
Im on my way
Im taking my time
But I dont know where
Goodbye to rosie the queen of corona
See you, me and julio
Down by the schoolyard

Paul Simon
.:raquel schaedler:.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

eu por mim mesma - só pra vcs terem uma idéia

  • Para ler ouvindo Feist-Mushaboom


I´m just another unknown character that could be in scrubs. I mean the show! Jesus!

adoro bichos.adoro gente que gosta de bichos.faço cinema. tenho uma irmã mais nova e um shih-tzu chamado sushi. adoro os filmes do wes anderson. não como carne. já rabisquei a parede do meu quarto inteira.(a carol desenhou um snoopy nela).adoro trilhas sonoras. adoro sincronizar legenda.adoro cinema alternativo americano. queria tomar um vinho com woody allen. tenho três primos que são meus irmãos e uma amizade à la seinfeld. tenho ascendente em gêmeos.
fiz quatro anos de dança de salão. fiz meio ano de alemão e só aprendi a perguntar"você fala inglês?". fotografo mais bichos do que gente. detesto salto alto. gosto de caras que tocam violão. nunca cheirei cocaína. gosto de fazer mix-cds pras pessoas. não uso peles nem almíscar. adoro rôxo. tenho mais amigos homens do que amigas mulheres. faço francês. adoro sotaque texano. gosto de psicologia e de chico buarque. vejo todos os filmes da natalie portman. sou virginiana. vou ao cinema sozinha mais vezes do que acompanhada. adoro all star e havaianas.ah,e meias coloridas. tive um hospital de playmobil e uma banheira da barbie quando era criança. gosto de salvador dalí. queria passar um tempo na espanha e um tempo no méxico, depois ir pros estados unidos. gosto de gente discreta com conteúdo. gosto de trabalhos manuais. nunca dormi na ilha do mel. já abandonei duas faculdades e alguns cursos técnicos.detesto ir em médico e tenho medo de agulha. adoro lavar o cabelo. sei fazer maquiagem nos outros. como tudo que tenho vontade e nunca engordo mais que dois quilos. adoro simon & garfunkel. quero muito saber o que vai acontecer no lost. acho salão de beleza,chá de panela e supermercado um saco.adoro gente que entende coisas pequenas.gosto de quem abre mão do olhar turista. barulho de ventilador, pra mim, é música !

I like going for hikes,and riding bikes,playing videogames in the middle of the night...(this one belongs to kimya dawson)

segunda-feira, 2 de junho de 2008

um pequeno comunicado a quem interessar possa.

amigos, estou de volta!vamos fumar um cigarro?

Ele não faz promessas, nem juras de amor eterno e, mesmo assim, é o único que nunca te deixa sozinha.
Por mais incrível que pareça, é verdade. Um verdadeiro fumante nunca está só. Ilusão? Pois que seja. Já é sabido que as adoro. Sou uma romântica típica: sempre sonhando acordada, colorindo a realidade, testando as possibilidades de “como seria se...”. Mas as ilusões têm seu lado negativo: no fim, todas consistem de um mesmo gancho mal pregado à parede que,cedo ou tarde, o deixam despencar para a realidade.
Mas essa ilusão nunca termina. Ou melhor,termina quando você tem câncer,mas como diria Vinícius, felicidade não foi feita pra ser postergada ou ingerida com copinho de dosagem, e cada cigarro permeia o dia de uma pequena felicidadezinha que não é eterna, posto que É chama, mas que é infinita enquanto dura.
Eu, virginiana de corpo,alma,signo solar e vários planetas no mapa, demorei muito para aprender a me divertir. E esse processo esteve intimamente ligado à minha iniciação no mundo defumado do tabaco. Pense, basicamente, na coisa mais dinâmica que você pode esperar de eventos sociais. É isso. É por isso que a gente fuma. E, como diz um grande amigo muito querido, também geminiano por ascendente (acidente?), a gente fuma porque é assim mesmo: sem maturidade,inseguros e sem caráter. E tenho dito!
Cada cigarro com um amigo ou mesmo com um estranho é uma socialização de cumplicidade estranha, vocês dois têm algo em comum que transcende a simples classificação fumante/não-fumante. Vocês têm em comum motivos POR QUE fumar, e sabem disso.Motivos os quais pode-se desconhecer,em se tratando de um estranho, e não existe nada mais prazeroso do que tentar desvendá-los, ou motivos que o fazem sentir-se lisonjeado por ser o escolhido a conhecê-los, quando o companheiro de tragadas em questão se trata de um amigo querido. E como a gente é inseguro, isso satisfaz muito a nossa carência emocional e falta de objetivo!
Essa ligação mágica entre as pessoas, essa identificação instantânea, NÃO acontece, diferentemente do que não-fumantes pensam, com outras afinidades. Por acaso estou fora da realidade ou é comum se puxar conversa em uma festa com o argumento de que “Puxa, você bebe cerveja! Eu também. Que coisa ótima.Acho que nós temos muito em comum.” ????
Pois isso,queridos pulmões saudáveis incomodados com a nossa fumaça, acontece quando você pede fogo pra alguém. Se a pessoa não tiver, você não vai gostar menos dela por causa disso,mas é como se ela nunca fosse compreendê-lo completamente. Já,pelo contrário,se tiver, está feito o primeiro contato: vocês têm algo em comum, e você deve algo a ela pelo resto de sua vida, pelo simplíssimo fato de não tê-lo deixado sozinho nesse mundo como o único imaturo, inseguro e sem-caráter do planeta. Sim, você tem uma desculpa: “Sou sem caráter,sim, mas ele também é, ó! E a gente fuma junto e, na nossa imaturidade infantil e débil,achamos que estamos arrasando.”
Isso sem contar que ser fumante tem um quê de viver a vida intensamente, de não levá-la tão a sério--aliás, nada a sério, que isso afinal de contas, há de matar-nos a todos um dia--um quê de irresponsabilidade maravilhosa, e, ora bolas, que delícia é ser irresponsável. Fazer as coisas dentro do script é para os fracos.
Quem dera conseguíssemos estender toda essa coragem para quebrar as regras e ir contra o sistema em outras áreas de abrangência da nossa existência, como lutar contra a fome no mundo subdesenvolvido, fazer passeatas contra as guerras ou difamar políticos corruptos em praça pública, mas veja bem, além de tudo, ainda somos modestos, pouco ambiciosos,não vamos te atrapalhar fazendo greves que parem o país, não: a gente se limita a acender um cigarro !
É por essas e outras que, minha gente, num manifesto claro a favor do bom humor, do charme que reside no decadente e daquele cigarrinho básico pós-trepada (sem eles,meu deus, o sexo nunca mais seria o mesmo!), que me permitirei,sim, por vezes,a acender um cigarro e jogar pra dentro de meus pulmões algumas substâncias tóxicas básicas.
Obrigada àqueles que, na minha fase de abstinência,me cederam cigarros, me resgatando das trevas. Tem fim o período de vacas magras!
Portanto alguém me empreste o fogo, que ainda não comprei um isqueiro novo,e , por favor me dê licença, que Jarbas acaba de chegar com meus cavalos.

raquel schaedler

domingo, 1 de junho de 2008

unzinho.só pra inaugurar.

O homem chega no consultório com uma sensação estranha no fundo do peito.
- Doutor,tem alguma coisa muito estranha comigo.
(O doutor com o estetoscópio)
- O que você está sentindo?
- Estou sentindo uma coisa mexendo aqui, sabe...uma sensação esquisita. Nunca tive isso antes.
- Você mudou alguma coisa na sua rotina recentemente?
- Ah.. mais ou menos...tenho saído mais frequentemente do que antes... pra tomar uma cervejinho,às vezes no meio da semana...
- Un-hum...
- Esses dias fui num barzinho e o tempo mudou, passei um pouco de frio...
- Certo.
- Também diminuí um pouco a minha carga de trabalho, ao invés de trabalhar doze horas estou trabalhando oito.
- Ahan...
- É que eu mudei de emprego, sabe, agora estou em uma outra empresa, acho que tenho saído mais por causa disso também, ali o pessoal é um pouco mais animado,sabe, eles fazem umas festas...
- Onde você trabalhava antes?
- Numa funerária.
- (...)- Agora estou numa agência de viagens. No fim do ano vamos pro México, todo mundo da empresa. Quinze dias em Cancun!
- Que boa notícia.
O doutor continua com os exames.
- Por isso resolvi me consultar, sabe, melhor prevenir do que remediar, certo? Esse sempre foi o meu lema.
Eles sentam-se à mesa. O médico pega uma prancheta e começa a fazer a ficha do paciente.
- Quantos anos você tem?
-Trinta e oito.
- Estado civil?
- Solteiro. Mas estou namorando.
- Vida sexual ativa,então.
- Sim.
- Filhos?
- Nenhum ainda.
O médico sorri.
- Ainda?
- Bom, temos pensado nisso. Fui promovido semana passada.
- Maravilha. Fuma?
- Não. Bom...
- Sim ou não?
- Às vezes, um cigarrinho aqui ou ali, sabe como é...
- Sei. Vou colocar "fumante esporádico". Quanto você pesa?
- Bom,eu pesava oitenta, mas andei engordando um pouco.... tenho exagerado um pouco no chocolate (risos). O senhor acha que posso estar com o colesterol alto?
- Ora, tudo é possivel, meu filho.
Silêncio.O homem finalmente pergunta.
- E então, doutor? O que eu tenho?
- Bom...sua pressão está normal, o peso está dentro do esperado...não notei nada estranho na região abdominal ...
- E aqui, na região toráxica, doutor? Parece que tem uma coisa queimando... O que é que o senhor viu aqui?
- Bom, aí tem o coração. E o seu está perfeitamente saudável.
- Tem certeza, doutor? Sempre foi agitado assim?
- Com certeza, filho. Você é que nunca tinha notado.